sexta-feira, 22 de maio de 2009

"ISTO CHEGA AO CORAÇÃO"

Em uma noite qualquer em um hospital qualquer, Célia aguardava, 
ansiosamente, notícias de seu filho Joel, pulou da cadeira quando viu o 
cirurgião chegar e perguntou: 
"Como está meu filho? Ele vai ficar bem?" O cirurgião disse: 
"Sinto muito, fizemos tudo o que estava ao nosso alcance, mas não podemos evitar." 
Célia então falou: 
"Por que as crianças têm, câncer? Será que Deus não se preocupa com elas? 
Onde estava Deus quando meu filho precisou dele?” 
O Cirurgião disse: 
"A enfermeira sairá para lhe deixar uns minutos com o corpo de seu filho 
antes de o levarem para a Universidade". 
Mas Célia preferiu que a enfermeira a acompanhasse enquanto se despedia de 
seu filho. Passou a mão no seu cabelo, e aí então a enfermeira perguntou se 
ela queria guardar alguns fios de seu cabelo. Célia aceitou e a enfermeira 
cortou uma mecha e colocou numa bolsinha plástica e deu a Célia. 
Aí Célia explicou à enfermeira: 
"Foi idéia de Joel doar o corpo à Universidade para ser estudado. Disse que 
poderia ser útil a alguém. Era o que ele desejava. Eu, a princípio me 
neguei, mas ele me disse:" 
"Mamãe, eu não o usarei depois que morrer, e talvez ajude uma criança a 
desfrutar de um dia a mais ao lado de sua Mãe". 
"Meu Joel tinha um coração de ouro, sempre pensava nos outros e desejava 
ajudá-los como pudesse". 
Aí então Célia saiu do Hospital Infantil pela última vez, depois de ter 
permanecido por lá durante os últimos seis meses. Colocou a bolsa com os pertences 
de Joel no assento do carro, junto à ela. Foi difícil dirigir de volta para 
casa, e mais difícil ainda foi entrar na casa vazia. Levou a bolsa ao quarto 
de Joel e colocou os carrinhos de miniatura e todas as suas demais coisas como
ele gostava. Sentou na cama de Joel e chorou até dormir, abraçando o 
pequeno travesseiro dele. Acordou cerca de meia noite, junto a ela, havia uma folha 
de papel dobrada. Célia abriu e era uma carta que dizia: 
"Querida Mamãe, 
Sei que você deve sentir a minha falta, mas não pense que eu te esqueci ou que 
deixei de te amar só porque não estou aí para dizer TE AMO. Pensarei em você 
cada dia mamãe e cada dia te amarei ainda mais. Algum dia voltaremos a nos 
ver. Se você quiser adotar um menino para que não fiques tão sozinha, ele 
poderá ficar no meu quarto e brincar com todas as minhas coisas. Se quiser uma menina, 
provavelmente ela não gostará das mesmas coisas que os meninos gostam, portanto a senhora terá de comprar bonecas e outras coisas de 
meninas. Nesse caso, a senhora poderá doar as minhas coisas para outro 
menino. Não fique triste quando pensar em mim, estou num lugar grandioso. 
Meus avós vieram me receber quando cheguei, me mostraram um pouco daqui 
deste maravilhoso lugar, mas levarei muito tempo para ver tudo. Os anjos 
são muito amigos e me encanta vê-los voar. Jesus não se parece com as imagens 
que vi dele, mas soube que era ele assim que o vi. Jesus me levou para ver 
Deus. E acredite mamãe, eu me sentei no colo dele e falei com ele como 
se eu fosse alguém importante. Eu disse à Deus que queria te escrever uma 
carta, para me despedir e acalmá-la, mesmo sabendo que não era permitido. 
Deus me deu papel e sua caneta pessoal para que eu pudesse escrever esta 
carta. 
Acho que se chama Gabriel o anjo que a deixará cair para você. 
Deus me disse para responder o que você perguntou: 
"Onde ele estava quando precisei dele?" Deus disse: "No mesmo lugar de quando 
Jesus estava na Cruz. Estava justo aí, como Deus sempre está com todos os seus 
filhos." 
Esta noite estarei na mesa com Jesus para o jantar. 
Sei que a comida será fabulosa. Ah! Quase esqueci de dizer... Não sinto 
mais nenhuma dor, o câncer foi embora. Estou feliz porque eu já não conseguia 
mais suportar tanta dor e como Deus não podia me ver sofrendo daquela 
maneira, aí enviou o anjo da misericórdia para me levar. O Anjo me 
disse que eu era uma entrega especial, foi como cheguei aqui". 
Assinado, com amor: 
DEUS... JESUS... E EU...

 

 

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