domingo, 9 de agosto de 2009

Hoje vou falar um pouco sobre o que é amar...

  • O namoro é um aprendizado do amor.
  • Fomos criados para viver esse sentimento.
  • Sem ele o homem e a mulher não podem ser felizes.
  • Mas, afinal, o que é amar?
  • O que leva muitos casamentos ao fracasso é a noção
  • falsa que se tem do amor hoje.
  • Há no ar uma “caricatura” do amor.
  • Se eu lhe der uma nota de cem reais falsa, você não aceitará,
  • pois ela não vale nada, e você ainda poderia
  • ser incriminado por causa dela.
  • Se você construir uma casa usando cimento falsificado,
  • cuidado porque ela poderá desabar sobre a sua cabeça.
  • Da mesma forma, se você levar para o casamento um amor falso,
  • ele certamente desabará, pois o “cimento” da união é o amor.
  • Para mostrar bem claro o que é amar, vamos
  • iniciar mostrando o que não é amar.
  • Amor não é egoísmo, isto é, preferência por mim, mas pelo outro.
  • Se você come uma fruta com gosto, não pode dizer que a ama.
  • Se você treme de paixão diante de uma menina e lhe diz : “eu te amo”,
  • esteja certo de que você está mentindo, pois essa tremedeira
  • é sinal de que você quer saciar o seu ego desejoso de prazer.
  • Isso não é amor, é paixão carnal, é egoísmo.
  • Se você está encantada com a beleza dele e se desdobra
  • em declarar o seu amor por ele, saiba que isso
  • também não é ainda amor,
  • pois amor não é pura emoção ou sentimento.
  • Amar é muito mais do que isso, pois não é satisfazer a si mesmo,
  • mas ao outro.
  • Quando você disser a alguém “eu te amo”, esteja certo de que você
  • não quer a sua própria satisfação ou felicidade, mas a do outro.
  • Cuidado com as “caricaturas” do amor, porque estas são falsas
  • e não podem fazer a felicidade do casal.
  • Todo jovem tem sede de amar, mas, muitas vezes,
  • o seu amor é mascarado e se apresenta falso e perigoso.
  • Amar não é apoderar-se do outro para satisfazer-se;
  • é o contrário, é dar-se ao outro para completá-lo.
  • E para isso é preciso que você renuncie a si mesmo,
  • esqueça de si mesmo.
  • Você corre o risco de, insatisfeito, querer apaixonadamente
  • agarrar aquilo que lhe falta; e isso não é amar.
  • Assim o amor morre nas suas mãos.
  • Você só começará a compreender o que é amar quando
  • a sua vontade de fazer o bem ao outro
  • for maior do que a sua necessidade
  • de tomá-lo só para si, para se satisfazer.
  • As paixões sensíveis da adolescência não são o autêntico amor,
  • mas a perturbação de um jovem que encontra diante
  • de si os encantos e a novidade da masculinidade ou da feminilidade.
  • É fácil entender que aqueles que quiserem construir um lar
  • sobre esse chão de emoções estarão construindo
  • uma casa sobre a areia.
  • Muitos casamentos desabaram porque foram realizados “às cegas”,
  • sem preparação para que houvesse harmonia,
  • sem o aprendizado do amor.
  • Amar é dar-se, ensina-nos Michel Quoist.
  • É dar a si mesmo ao outro para completá-lo e construí-lo.
  • Mas para que você possa verdadeiramente dar-se a alguém,
  • você precisa primeiro “possuir-se”.
  • Ninguém pode dar o que não possui.
  • Se você não se possui, se não tem o domínio de si mesmo,
  • como, então, você quer dar-se a alguém?
  • Se o seu coração bate acelerado diante de alguém que o atrai,
  • isso é sensibilidade, não chame ainda de amor.
  • Se você perdeu o controle e se entregou a ele,
  • isso é fraqueza, não chame isso ainda de amor.
  • Se você está encantada com a cultura dele,
  • fascinada pela sua bela carreira
  • e já não consegue mais ficar sem a conversa dele,
  • isso é admiração, ainda não é amor.
  • Mesmo que você esteja, até às lágrimas, diante de um fato chocante,
  • isso é mais sensibilidade do que amor.
  • Amar não é “ser fisgado” por alguém, “possuir”
  • alguém ou ter afeição sensível por ele,
  • ou mesmo render-se a alguém.
  • Amar é, livre e conscientemente, dar-se a alguém
  • para completá-lo e construí-lo.
  • E isso é mais do que um impulso sensível do coração;
  • é uma decisão da razão.
  • Por isso, amar é um longo aprendizado,
  • não é uma aventura como a maioria pensa.
  • Não se aprende a amar trocando a cada dia de parceiro,
  • mas aprendendo a respeitá-lo, tanto no corpo quanto na alma.
  • Amar é uma decisão.
  • E a decisão não é tomada apenas com o coração,
  • empurrado pela sensibilidade.
  • A decisão é tomada com a razão.
  • Quando amamos de verdade, nos tornamos livres de fato,
  • pois o amor nos liberta de nós mesmos e das coisas que nos amarram.

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