Hoje vou falar um pouco sobre o que é amar...
- O namoro é um aprendizado do amor.
- Fomos criados para viver esse sentimento.
- Sem ele o homem e a mulher não podem ser felizes.
- Mas, afinal, o que é amar?
- O que leva muitos casamentos ao fracasso é a noção
- falsa que se tem do amor hoje.
- Há no ar uma “caricatura” do amor.
- Se eu lhe der uma nota de cem reais falsa, você não aceitará,
- pois ela não vale nada, e você ainda poderia
- ser incriminado por causa dela.
- Se você construir uma casa usando cimento falsificado,
- cuidado porque ela poderá desabar sobre a sua cabeça.
- Da mesma forma, se você levar para o casamento um amor falso,
- ele certamente desabará, pois o “cimento” da união é o amor.
- Para mostrar bem claro o que é amar, vamos
- iniciar mostrando o que não é amar.
- Amor não é egoísmo, isto é, preferência por mim, mas pelo outro.
- Se você come uma fruta com gosto, não pode dizer que a ama.
- Se você treme de paixão diante de uma menina e lhe diz : “eu te amo”,
- esteja certo de que você está mentindo, pois essa tremedeira
- é sinal de que você quer saciar o seu ego desejoso de prazer.
- Isso não é amor, é paixão carnal, é egoísmo.
- Se você está encantada com a beleza dele e se desdobra
- em declarar o seu amor por ele, saiba que isso
- também não é ainda amor,
- pois amor não é pura emoção ou sentimento.
- Amar é muito mais do que isso, pois não é satisfazer a si mesmo,
- mas ao outro.
- Quando você disser a alguém “eu te amo”, esteja certo de que você
- não quer a sua própria satisfação ou felicidade, mas a do outro.
- Cuidado com as “caricaturas” do amor, porque estas são falsas
- e não podem fazer a felicidade do casal.
- Todo jovem tem sede de amar, mas, muitas vezes,
- o seu amor é mascarado e se apresenta falso e perigoso.
- Amar não é apoderar-se do outro para satisfazer-se;
- é o contrário, é dar-se ao outro para completá-lo.
- E para isso é preciso que você renuncie a si mesmo,
- esqueça de si mesmo.
- Você corre o risco de, insatisfeito, querer apaixonadamente
- agarrar aquilo que lhe falta; e isso não é amar.
- Assim o amor morre nas suas mãos.
- Você só começará a compreender o que é amar quando
- a sua vontade de fazer o bem ao outro
- for maior do que a sua necessidade
- de tomá-lo só para si, para se satisfazer.
- As paixões sensíveis da adolescência não são o autêntico amor,
- mas a perturbação de um jovem que encontra diante
- de si os encantos e a novidade da masculinidade ou da feminilidade.
- É fácil entender que aqueles que quiserem construir um lar
- sobre esse chão de emoções estarão construindo
- uma casa sobre a areia.
- Muitos casamentos desabaram porque foram realizados “às cegas”,
- sem preparação para que houvesse harmonia,
- sem o aprendizado do amor.
- Amar é dar-se, ensina-nos Michel Quoist.
- É dar a si mesmo ao outro para completá-lo e construí-lo.
- Mas para que você possa verdadeiramente dar-se a alguém,
- você precisa primeiro “possuir-se”.
- Ninguém pode dar o que não possui.
- Se você não se possui, se não tem o domínio de si mesmo,
- como, então, você quer dar-se a alguém?
- Se o seu coração bate acelerado diante de alguém que o atrai,
- isso é sensibilidade, não chame ainda de amor.
- Se você perdeu o controle e se entregou a ele,
- isso é fraqueza, não chame isso ainda de amor.
- Se você está encantada com a cultura dele,
- fascinada pela sua bela carreira
- e já não consegue mais ficar sem a conversa dele,
- isso é admiração, ainda não é amor.
- Mesmo que você esteja, até às lágrimas, diante de um fato chocante,
- isso é mais sensibilidade do que amor.
- Amar não é “ser fisgado” por alguém, “possuir”
- alguém ou ter afeição sensível por ele,
- ou mesmo render-se a alguém.
- Amar é, livre e conscientemente, dar-se a alguém
- para completá-lo e construí-lo.
- E isso é mais do que um impulso sensível do coração;
- é uma decisão da razão.
- Por isso, amar é um longo aprendizado,
- não é uma aventura como a maioria pensa.
- Não se aprende a amar trocando a cada dia de parceiro,
- mas aprendendo a respeitá-lo, tanto no corpo quanto na alma.
- Amar é uma decisão.
- E a decisão não é tomada apenas com o coração,
- empurrado pela sensibilidade.
- A decisão é tomada com a razão.
- Quando amamos de verdade, nos tornamos livres de fato,
- pois o amor nos liberta de nós mesmos e das coisas que nos amarram.
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